Articles

08h00

Propina agora mata

Sou um homem com alegria na alma, mas vivo, muitas vezes, a angústia de perceber o mundo com suas distorções, egoísmos, descasos e maldades, mas procuro entender, como bem disse José Saramago: “Cada um de nós é este pouco e este muito, esta bondade e esta maldade, esta paz e esta guerra, revolta e mansidão”. Fato, principalmente quando se vive o desafio do autoconhecimento e de construir uma razão crítica do seu entorno. Acredito que no Brasil se montou uma estrutura de autorreconhecimento como povo de forma alienada, confundindo-nos com conceitos apáticos, não patrióticos. Assim, entendo, fomos convencidos a não sermos “causadores de problemas”, desde as menores questões, usando: “Deixe para lá, para que isto? Não vai adiantar nada”, até as relacionadas aos anseios nacionais. Tornamo-nos um povo desnutrido de ideal, de patriotismo. No entanto, em 2013 um vento forte soprou e o sermos pacíficos não guardou sinônimo em sermos omissos. Passa-se a falar, discutir que a corrupção no Brasil é sistêmica. São desvios estratosféricos. Discute-se agora por todos os lados as perdas, pelos roubos, na educação, saúde... mas parece que a visualização fica meio que fria, distante, mas quando se chega a evidenciar dados reais à nossa frente, vemos o quanto tudo é hediondo: o Samu de Goiás, como foi denunciado recentemente, mostra que a propina não é mais colocada como metáfora de consequência, mas, sim, como pelotão de morte, em vista da usurpação, do roubo, piora o estado de saúde de um socorrido para ganhar mais com o atendimento.

Continuamos, no entanto, vendo pelas redes sociais as velhas brigas de fãs em defesa de ídolos, ficando de lado as consequências das práticas de tudo isto, em dor, miséria e agora possíveis mortes. A omissão é uma escolha dos que não se sentemcomprometidos como seu entorno, por vezes minimizando crimes, anestesiando a si e aos seus, mas o fato é que na nossa omissão continuamos estimulando os malfeitores da vida público.

José Medrado
Mestre em família pela UCSal
e fundador da Cidade da Luz

Nenhuma mensagem encontrada!
2016 - 2025. Cidade da Luz. All rights reserved.
Powered by: Click Interativo | Digital Agency

We use cookies to frame information about how you use or our site and the pages you visit. Everything to make your experience more pleasant possible. To understand the types of cookies we use, click on Options. Ao click on Accepted, you consent to the use of cookies.

Accepted Options

Definitions

We want to be transparent about the data that we partners collect and how we use it, so that you can control how well your personal data is. To obtain more information, consult our privacy policy and our cookie policy.

Or what are cookies?

Cookies are saved files on your computer, tablet or phone when you visit a site.

We use the necessary cookies to make or site work in the best possible way and always to improve our services.

Some cookies are classified as necessary and allow central functionality, such as security, network management and accessibility. These cookies can be collected and set so that you start your navigation or when you use any resource that I require.

Manage consent preferences
Analysis Cookies

We use third-party analytics software to collect statistical information about visitors to our website. These plugins may share the content you provide to third parties. We recommend that you read their privacy policies.

Block / Activate
Google Analytics
Necessary
Strictly necessary cookies

They are those that allow you to browse the site and use essential features, such as safe areas, for example. These cookies do not store any information about you that can be used in product or service communication actions or to remember the pages navigated on the website.

Block / Activate
Site
Necessary