É sabido, e por muitos visto, que o Brasil se tornou um caldeirão de ânimos ferventes. De todos os lados e para todos os lados, a violência está imperando. Dentre outros motivos, no direito de expressar a sua insatisfação, as pessoas estão ultrapassando a linha do bom-senso e extrapolando em suas manifestações.
Claro que devemos, sim, bradar, aliviar as nossas frustrações, decepções, mas, naturalmente, nos velhos limites, por todos conhecidos: que o meu direito acaba, quando começa o do outro.
Todo extremismo, radicalismo gera desastre, tragédias. Fato.
Segundo o site da Isto É, “a caravana de Lula estava, no sábado à noite, em Chapecó (SC), e por lá houve confronto entre manifestantes anti-Lula e militantes petistas que participavam de um ato na praça central da cidade. Integrantes da caravana acusam a participação de grupos de extrema-direita apoiadores do deputado Jair Bolsonaro.”.
Naturalmente, nesses momentos, pessoa alguma assumirá nada, pois, raramente, alguém dará a sua versão de algum fato para se prejudicar. É preciso, no entanto, que tais conflitos não cheguem a vias de fato, visto que aí serão batalhas campais, toda vez que pensamentos diferentes se encontrarem pelas ruas e praças do nosso país. E isso só levará a ódios e rancores fratricidas.
Lamento que o próprio Lula, ainda segundo a Isto É, em Florianópolis, ressaltou que os participantes das atividades da caravana são “gente da paz” mas disse que eles devem “retribuir” as agressões sofridas. Em Chapecó, Lula falou em “dar porrada”.
Onde vai parar toda esta falta de vivência democrática, de parte a parte? Visto que seguidores e defensores de Lula, de um modo geral, sempre agiram da mesma forma, o que ele (Lula) chamou de ações fascistas. Será que não há como emitir sua opinião, protestar seja contra quem for, sem a necessidade de apedrejar, ou mandar dar porrada?
Líderes, sejam em família, clubes de futebol, na política...,onde for, não podem estimular conflitos, violência.
Resgato aqui, ainda, o que o Valor Econômico publicou sobre a visita de Jair Bolsonaro em Manaus, no final do ano passado, onde, segundo o site, ele afirmou: “Que em seu possível governo a polícia terá respaldo para matar durante suas operações, sem que o policial sofra punições caso as mortes ocorram em confrontos.”
Simples assim. Não há leis, nada...
Lamentável a postura de muitos líderes.
* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.