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11h09

Tudo igual

Desde que me entendo por gente e vejo o processo eleitoral, a cada nova temporada dos caça-votos, todos se travestem de a novidade do momento. Buscam discursos aparentemente novos, mas, na realidade, são os mesmos de sempre: profissionais da política, que vivem e viveram à sombra do poder e das suas conveniências e benesses, sem se sentirem comprometidos com nada parecido, por exemplo, em denunciar, nominar seus pares que fazem conluios, agem no ilícito. Ficam silentes, até quando a desonestidade dos outros servirem aos seus discursos. Buscam, isto sim, a chance de se darem bem. É o fisiologismo de sempre.

O povo aspira pelo novo – hoje é até nome de partido, imagine – mas o que seria o tal novo é exatamente o contrário de tudo que está aí estabelecido, cheio de mofo. Esse foi o espetáculo que vimos no chamado debate dos presidenciáveis.

Em verdade, no entanto, e infelizmente, a política nacional, na sua generalidade, se tornou, alguém já disse, em um jogo de aparências, em que se busca apenas o poder pelo poder, visto que, triste e lamentável, o povo apenas consiste em massa para se conseguir o tento de mando. Os discursos são cheios de palavras, construções que vêm ao encontro dos ideais de quem os ouvem, sem, em boa medida, compromisso fático de se viabilizar o que se diz. No debate em comento, por exemplo, um candidato a toda hora evocava “pela honra e glória do Senhor Jesus”, nem se dando conta que o País é laico, e que ele não governará para esta honra – digo, mesmo sendo cristão – já que, se eleito fosse, teria inclusive que honrar o povo em sua diversidade, até com os ateus. Mas por incrível que pareça, durante o debate o Twitter registrou picos de busca com ele em primeiro lugar. Entenda esse povo.

O novo não está no que é dito, mas na história de lutas, de conquistas dos que se apresentam para governar o nosso País, e nesse particular não se encontra novidade, convenhamos. Assim, cabe-nos entre os de sempre, formar um critério pessoal, mas que não seja sobre o artífice do discurso fácil, cheio de adjetivos que não representam nada, se não a vontade de se chegar ao poder. Está difícil encontrar idealistas nos dias atuais, como está...

 

* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

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