A verdade é que onde o dinheiro impera, ele sempre ganha as suas contendas. Há um movimento grande e perigoso para a liberação dos tais cigarros eletrônicos, vapes. Já vemos por todos os lados o discurso que não pode ficar sem regulação, que a venda destes cigarros acontece livremente em todo país, mesmo sendo proibida desde 2009.
Ambulantes, lojas, sites e até aplicativos vendem produtos ilegais a qualquer pessoa. Desde 2018, o consumo aumentou exponencialmente em mais de 600% desde a sua proibição em 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cerca de 3 milhões de consumidores. O lobby está forte, e, honestamente, não tenho dúvida alguma que as empresas importadoras ou mesmo as que contrabandeiam irão ganhar, é questão de tempo.
Tenho lido o texto a seguir em diversos sites e opiniões editoriais, curiosamente quase todos iguais, mudando uma ou outra palavra, mas a linha argumentativa é a mesma: “Os cigarros eletrônicos contrabandeados expõem as pessoas a riscos inimagináveis à saúde, pois não sabemos as substâncias inseridas no produto (verdade, mas aí acrescentam a solução: ). É imperativo que a nossa autoridade máxima em vigilância sanitária, que é a Anvisa, faça uma regulamentação que atenda às expectativas dos consumidores”.
O que, entendo, está faltando é o Ministério da Saúde encampar uma massiva onda de informação e esclarecimento sobre os danos que mais essa droga impõe aos seus consumidores, à semelhança que ocorreu com a exitosa contra o uso de cigarro.
Já começam a circular notícias de usuários e pneumologistas de que o cigarro eletrônico forma um vapor, que se transforma um óleo. Esse óleo atinge os alvéolos pulmonares, forma uma espécie de graxa e impede a troca gasosa de oxigênio com CO2 e os pulmões entram em uma espécie de colpso.
Entendo que a questão não é apenas de liberação, regulação ou o que seja para atender as demandas empresariais, mas, sim, de esclarecer a população dos danos que causam o seu uso, e que a população seja educada convenientemente para que a sua decisão seja consciente e não conduzida pelo modismo de ocasião. Repito que a força econômica vai ganhar esta batalha, mas que a sociedade ao capitular esteja realmente ciente das consequências de suas escolhas.
Líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Também é apresentador de rádio.