Não é novidade que as redes sociais se tornaram um tribunal permanente, ou talvez fórum, para que as pessoas opinem, falem até do que não têm a menor ideia ou conhecimento. Não importa. O que elas querem mesmo é fazer prevalecer a sua “compreensão”, ou “conhecimento” do pautado na tela. Na verdade isso é uma pequena ilusão de poder, em uma busca, muitas vezes desenfreada, de quererem ser notado(a)s. O fato é que esses julgadores, opinadores de plantão até sabem que podem muito pouco julgando alguém que nem conhecem, que a cada dia um alvo novo surge neste horizonte, mas fazem. Todavia, não deveriam esquecer que atrás da maldade lida, há uma pessoa que pode guardar marcas tristes daquilo de que se fala sem qualquer tipo de cuidado. Foi assim que li acerca da cantora Jojo Todynho e o seu casamento. Fotos postadas dela caminhando para o altar, semblante pesado...suficiente – os analistas de expressões faciais entraram em cena e não a pouparam, principalmente mulheres. Não houve a menor sororidade - a sororidade, de maneira geral, diz respeito à união das mulheres. Envolve um sentimento de irmandade, empatia, solidariedade e companheirismo. É respeito e admiração ativados pela identidade de gênero. O significado de sororidade carrega a ideia de que elas ficam mais fortes quando se unem. Pouco houve, pelo que vi nos comentários em diversos sites.
Impressionante é que sem conhecer o contexto ou saber detalhes do que estava acontecendo, o julgamento foi sem piedade ou limites. É certo que entre famosos os seguidores se dividem entre fãs e "haters", palavra de origem inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores". E nenhum deles está livre.
O fato é que depois da saraivada de “interpretações” do sentimento de Jojo Todynho, durante a sua caminhada até o altar, ela disse que sentiu a dor da saudade Em seu Instagram, no storie, ela explicou que estava se sentindo mal o dia inteiro. Ela revelou que estava triste por não ter a mãe de consideração e o pai ao seu lado naquele momento: 'Vocês não têm noção o que foi pra mim entrar ali sozinha e olhar aquelas 250 pessoas, o peso que tinha aquilo ali. De olhar, não ver meu pai, não ver minha mãe Maria Helena', afirmou a cantora. E mostrou a foto do pai em um escapulário preso ao buquê de noiva. Pois é, fico imaginando a reação dos “estudiosos em feições “? Em verdade, penso que essas pessoas não se abalam com nada, vão buscar outra pessoa para fazerem o seu cyberbulliyng.
José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal