“Lá estavam o agressor, a mãe do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a mão na cabeça dele e falou: 'Você é Bolsonaro, você tem cara de ser Bolsonaro'. Aí meu menino falou: 'Eu sou Lula lá'. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pescoço, enforcando meu filho, deixando ele sem ar até ele desmaiar. Quando ele desmaiou que ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, contou a mãe da criança ao jornal O Estado de Minas. O fato ocorreu no último dia 30, em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas Gerais com o seu filho de 6 anos, exatamente: 6 anos. Ah! Não replique: fato isolado. Fatos isolados se aglutinam e formam ondas. Não podemos, de forma alguma, descurar de repercutir violência de forma alguma, quanto mais contra crianças e adolescentes. Crescem o número de violência direcionado a crianças e jovens por motivos políticos. De forma alguma, violência nesse sentido se justifica, e precisa ser combatida com o rigor da lei. As pessoas violentas não estão sabendo lidar com as suas feridas narcísicas, com as suas frustrações...e a sociedade não pode absorver os seus distúrbios, e por isto que temos o ordenamento jurídico das relações. A estratégia está estabelecida: agride, destila ódio, depois vem , por orientação jurídica, pede desculpas, que se excedeu, que não tinha intenção. A ultima foi a professora, do Amapa, que se desculpou depois de anunciar que não iria orientar academicamente jovens “esquerdistas”. Pediu desculpa, no roteiro de todos – se excedeu...não, não se trata de ter se excedido, mas de ter se permitido a crimes.
Tal violência não traduz manifestação, posição de conservadores e ou direita, pura e simplesmente. Não! Violência dessa natureza ou a ela análoga é, sim, atitude de criminosos e que a sociedade não pode normalizar, mesmo se os violentos tenham o seu mesmo “lado” da opinião política. Nossas opiniões não podem ser obnubiladas ações criminosas. Freud, em seu Psicologia das massas e análise do eu já reportava que nesse sentido (de agrupamento por um motivo), quando indivíduos se juntam às massas, perdem suas características superiores e sua autonomia, passando a ser regidos por uma alma coletiva, com características independentes das de seus membros, de seu tônus moral próprio, porém, assim, o Estado precisa estar presente e se fazer preponderar na força das suas leis e regramento, reafirmo o que sinto.
Agora, honestamente, se você acabou de ler, tem visto essas ações pela internet e não tem achado nada demais. Preocupante. Ou você não tem filho, netos...pessoa alguma pela qual se preocupa com o futuro de respeito que deve preponderar na sociedade brasileira tão diversa em sua formação. Ou você garante como será seu filho, neto e que nada disso poderá acontecer com eles? Se, sim, mais preocupante ainda. É o que penso.
josé Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal