O sistema médico público brasileiro, sem dúvida alguma, é muito ruim. A toda hora são reportagens, imagens do quase abandono que vemos por todos os lados. Pessoa alguma haverá de dizer que o atendimento médico de novo povo é bom. Críticas chovem, mas será que nada efetivamente escapa? Será que não há um só oásis para, inclusive, estimularmos, aplaudirmos? Há, sim, e não poderia me furtar a este estímulo a todos que contribuem e fazem o Menandrdo de Farias, em Lauro de Freitas este lugar que atende com dignidade. Sei, sim, que no ano passado estava um desvario, parentes de um jovem, que perdeu um rim, recebeu o órgão em um saco plástico, lembro perfeitamente, mas não sei o que houve, algo aconteceu por lá e melhorou. Constatei. Nesse último sábado um funcionário de minha casa teve um corte feio em seu dedo, teimoso que foi em não usar o EPI que fornecemos mesmo. Pensamos o pior. Um amigo, meu irmão, deu o socorro. Era emergência séria, ao nosso olhar leigo. Ao chegar no pátio do hospital, de logo, um segurança o mandou para a emergência, enquanto meu amigo era orientado a fazer a ficha. Ato contínuo, liguei para saber quando seria atendido? Resposta pronta: atendimento sensacional, já foi conduzido, sem mesmo eu estacionar o carro. Surpreendi, confesso. Claro que agora você, caro leitor(a), estará resistente, afirmando que sabiam que era pessoa que tinha vinculação comigo, e eu por ser razoavelmente conhecido natural o pronto atendimento. Não. Absolutamente não. Não houve interferência alguma, eu não estava lá, esse meu amigo é anônimo. Sim, pode acreditar, exatamente assim, aconteceu.
Ora, vivemos a criticar, o que é bom que façamos, haja vista que o serviço público, estamos cansado de ouvir, traz em seu nome sua função, mas sabemos que não é assim. Busquei,no entanto, telefonar para um amigo que sei atua na área de saúde de Lauro de Freitas para fazer o elogio e, sim, perguntar oficialmente sobre o meu funcionário. Foi desnecessário, ainda que prontamente fui atendido, isto porque todos os procedimentos ao caso já tinham sido tomados. Ainda bem que foi um corte, nada mais sério. Alta logo após o atendimento.
Sejamos, sim, críticos permanentes, repito, às gestões públicas, aos serviços que foram montados para nos atender, mas também saibamos reconhecer, estimular aos que trabalham com denodo, como presteza em nos atender. Trabalhei 37 anos como funcionário concursado que fui do Judiciário Federal Trabalhista, hoje estou aposentado, e sei que há críticas de todas as formas e direções, mas quase nunca nos mobilizamos para ressaltar algo que é bom, que funcionou bem, sei que muitos verbalizarão que é obrigação, mas combinemos: obrigação nunca foi sinônimo de fazer bem. Parabéns a todos que estão cientes de suas obrigações como servidores públicos e trabalham para que os equipamentos funcionem em toda extensão dos serviços públicos.
José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz