Infelizmente, essa tal polarização tem levado às pessoas, de um modo geral, a disfuncionar o entendimento das questões de natureza, muitas vezes inconfessáveis, superficial, ou seja, não se mergulha nos fatos para depreender de forma natural e assertiva às questões em análise. Falo, em especial, do Elon Musk e a sua fala contra o Brasil, em seu interesse (não real concepção) não dito.
As bravatas do bilionário não passam de deboche e chicana, pois ele não tem apreço algum a tal liberdade de expressão que ele tanto proclama e se diz defensor. Hipocrisia. Por exemplo, na China, o acesso ao Twitter, agora X, assim como a outras plataformas globais de redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp, é restrito sem o uso de uma VPN. Este bloqueio é parte da política mais ampla de censura do governo chinês, que visa controlar o fluxo de informações dentro do país. No entanto, pessoa alguma vê o mutibilionário criticando por sua plataforma a China? Claro que não, pois o seu tesla é frabricado por lá e pelos Estados Unidos.
De outra parte, o professor aposentado, Muhammad al-Ghamdi, de 54 anos, tinha 10 seguidores no Twitter, foi preso pelo regime autocrático da Arábia Saudita em junho de 2022 por ter “descrito o rei ou o príncipe coroado em termos que afrontam a Justiça ou a religião”, como diz a sentença proferida depois de ele ficar 4 meses numa solitária, segundo documentos obtidos por entidades de direitos humanos. Al-Ghamdi também é acusado de manter divulgação de fake news para praticar atentados contra o regime. Ghamdi usava que plataformas? O Twitter e o YouTube. Por essas acusações, ele foi condenado à morte, provavelmente por enforcamento, como reza a tradição saudita. E Musk? Em silêncio estava e ficou.
Ora, ora fica claro que algo há mais aí, partindo do princípio que, entendo, os donos dessas big techs querem, de alguma forma, desorganizar as democracias. O senhor Musk incita o povo brasileiro à desobediência civil. O Brasil é um Estado autônomo, gostemos ou não: o fato é que um multimilionário sul-africano não se submeterá às leis brasileiras ao seu gosto. Não se trata de Alexandre de Morais, mas de toda uma Nação e sua soberania.
Líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Também é apresentador de rádio.